Sobrecarga Emocional ante a Malformação Congênita e o Enfrentamento de Cuidadoras

Abstract

Casos de crianças com malformações congênitas aumentaram após a epidemia de infecção pelo vírus Zika, resultando em impacto e sobrecarga emocional para cuidadores. O objetivo deste estudo foi analisar a sobrecarga emocional e o enfrentamento da malformação congênita por cuidadoras parentais. Doze cuidadoras, pacientes da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responderam aos instrumentos: Protocolo de Dados Gerais, Questionário “Momento da Notícia”, Escala de Enfrentamento de Problemas e Escala de Impacto da Sobrecarga sobre Cuidadores (Zarit Burden Interview Scale). Estratégias de “Busca por práticas religiosas” e “Focadas no problema” foram as mais adotadas pelas cuidadoras, que apresentaram nível de sobrecarga emocional leve a moderado. Conclui-se que a malformação congênita deve ser considerada como um importante estressor para a família.

Family coping in caring for children with Down syndrome: a scoping review

“…A tomada de decisões se refere à prática do indivíduo em resolver as situações que surgem no cotidiano e, conforme os resultados desta revisão, apresentou-se como uma forma oportuna de enfrentamento. O conjunto de pensamentos e ações que possibilita ao indivíduo resolver as demandas, diminui as consequências negativas da situação (30) . O coping com foco na solução de problemas indicou a percepção do desafio e a necessidade de adaptação em estratégias de enfrentamento utilizadas por crianças e adolescen-tes com doença falciforme.…”

“…Como agente protetor da saúde o apoio social é identificado como forma de enfrentamento em diferentes estudos (15,36) . Autores identificaram que a rede de apoio diminui a sobrecarga emocional em cuidadores de crianças com malformação congênita (30) . Para as mães, a presença e apoio dos cônjuges e outros membros da família foram fundamentais em sua adaptação inicial e contínua ao diagnóstico da criança (15,35) .…”

Enfermagem: contextualizando a educação em saúde

“…A equipe de saúde, em especial a de enfermagem, que permanece no serviço, maior tempo junto a mãe ao recém-nascido, precisa promover oportunidades de cuidados e ser instrumentos facilitadores para o processo de adaptação a essa nova realidade, dando-lhes oportunidades de falar dos sentimentos vivenciados no dia a dia, disponibilizando de tempo para fazer uma escuta atentiva e desmistificar a ideia que o profissional de saúde é o único que tem a capacidade de cuidar do seu filho mesmo dentro de uma unidade intensiva (ALBUQUERQUE et al, 2021).…”

Fatores associados às malformações congênitas entre nascidos vivos no Brasil: Dados SINASC 2017

“…Vale salientar também os impactos para a própria criança que possui algum tipo de malformação congênita, pois, no campo psicossocial, ocorre a dificuldade de socialização e aprendizado e, no que diz respeito à saúde, a submissão desta a diversos procedimentos, cirurgias e exames pode privá-la de desfrutar de sua infância e adolescência 5 .…”