Resumo Em 1986, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Teve como objetivo prevenir o início da utilização de derivados do tabaco entre crianças e adolescentes, assim como estimular o abandono do fumo entre os já dependentes. Apesar da contínua queda dessa prevalência desde então, vem se observando sinais de retomada desses números. Visto ser o tabagismo uma doença de “contágio social” e não infeccioso-biológico, busca-se refletir sobre a atuação do PNCT perante as recidivas. Toma-se como amparo de diálogo pressupostos advindos da teoria de análise de redes sociais (ARS) e do capital social no contexto do apoio social, com suporte de alguns exemplos fictícios. Conclui-se que o investimento do PNCT em redes de apoio e na inserção do indivíduo nelas, estimulando-os ao estabelecimento de suas próprias redes pessoais, são condições fundamentais para o aumento do capital social do tabagista e, consequentemente, para a prevenção de recidivas.