“…No nível contextual, Belsky (1984) enfatiza a função do apoio social, devido à sua forte correlação positiva com a parentalidade adequada, em suas três formas: o emocional, relacionado ao amor e à aceitação experienciados nas interações com outros; o instrumental, relacionado ao provimento de informação e de ajuda prática, nas tarefas cotidianas (como no cuidado infantil, por exemplo); e o apoio ligado à expectativa social com relação ao papel parental, pela oferta de modelo e de parâmetro quanto ao que se espera, enquanto desempenho do papel de cuidador (com oferte de orientação prática de cuidado adequado e/ou culturalmente mais aceitável). Ademais do apoio social, sabe-se que as variáveis que modulam os níveis de estresse familiar remetem a inúmeros elementos, que vão desde o estado civil dos pais/responsáveisem menção à mono ou à bi-parentalidade (Arcos et al, 2014;Schaan, Schulz, Schächinger & Vögele, 2019), até a força do vínculo familiar e a qualidade das relações na família (Richaud et al, 2013b). Já as fontes de estresse e suporte que podem promover ou enfraquecer a competência parental, de acordo com a literatura do abuso infantil, seriam: as relações conjugais/maritais, o trabalho dos pais/cuidadores e a rede social.…”