Introdução: informações oficiais acerca do perfil de pacientes com estomia intestinal são indisponíveis, uma vez que essa constitui-se em uma consequência terapêutica e não um diagnóstico, não havendo obrigatoriedade de notificação. Assim, identifica-se uma lacuna em relação a caracterização do perfil sociodemográfico e clínico dessas pessoas. Objetivo: caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes em pós-operatório de estomia intestinal de eliminação. Método: estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo, desenvolvido com dados de prontuários de pacientes adultos internados em uma unidade cirúrgica de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Foram revisados 143 prontuários, sendo que 57 atenderam os critérios de seleção. Os dados foram coletados entre abril e outubro de 2021 por meio de um instrumento impresso, sendo analisados por meio da estatística descritiva no Software Statistical Package for the Social Sciences versão 21.0. Resultados: os pacientes eram em sua maioria do sexo masculino 29 (50,75%), da raça branca 53 (93%), aposentados 25 (43,5%), com ensino fundamental incompleto 45 (79%), foram submetidos à confecção de colostomia 48 (84,25%), em decorrencia de neoplasia colorretal 32 (56,5%), passaram uma mediana de 9 (6-20) dias internados, não desenvolveram complicações 46 (80,75%) e tiveram alta hospitalar 45 (79%). Conclusões: os pacientes em pós-operatório de estomia intestinal de eliminação são homens, brancos, aposentados e com baixo nível de escolaridade. A maioria foi submetido a confecção de estomia no intestino grosso devido a neoplasia colorretal, permaneceram internados uma mediana de nove dias e tiveram como desfecho clínico a alta hospitalar.