Sofrimento mental, desesperança e adesão a terapia antirretroviral de pessoas com hiv/aids

Abstract

Objetivo: analisar aassociação entre sofrimento mental, desesperança, idade e escolaridade na adesão à terapia antirretroviral de pessoas com HIV/AIDS. Método: Estudo transversal realizado de janeiro a julho de 2019, em Hospital referência para doenças infectocontagiosas no Nordeste, Brasil. Participaram 100 pessoas com HIV/AIDS que responderam às escalas de sofrimento mental, desesperança e adesão à terapia antirretroviral (CEAT-VIH). Análise estatística descritiva e testes Kruskal Wallis, teste t, qui quadrado e Mannv Whitney, considerando significância quando p≤0,05. Resultados: identificou-se que64% eram homens, 50% possuíam ensino fundamental completo, 58% apresentavam sofrimento mental, 48% desesperança leve, 60% tinham dificuldade no tratamento com terapia antirretroviral. Conclusão: os resultados revelaram que a desesperança está associada à adesão à terapia antirretroviral; o sofrimento mental está associado ao escore de desesperança; a idade está associada ao escore de sofrimento mental, desesperança e adesão à terapia antirretroviral.

Representações sociais da terapia antirretroviral para pessoas vivendo com HIV

“…21 É importante destacar a necessidade do tratamento para fortalecer o sentimento de valorização da vida, do amor-próprio e do sentimento de esperança, fatores capazes de interferir na adesão ao tratamento. [22][23] Para o grupo estudado, a ligação do termo "vida" com "salvação" tende a fortalecer o caráter positivo da imagem de "vida", parecendo indicar que a TARV é reconhecida como meio para assegurar a sobrevivência.…”

“…11,29 Para tanto, o profissional deve ter conhecimento sobre a patologia e a terapia antirretroviral para estabelecer cuidados direcionados às pessoas vivendo com HIV, visando melhorar a sua expectativa de vida. 23 O estudo identificou o termo "diário" e "dependência", e ambas as evocações estão conectadas na análise de similitude ao termo "ruim", reforçando aspectos negativos do TARV.…”

Enfermagem em Evidência - Volume 1

“…Principalmente porque o homem tem que lidar com a insegurança de que é quase irrelevante alguém o aceitar com a doença. Além do medo de transmitir o vírus para os filhos caso tenham um, precisam também lidar com as formas de prevenção de transmissão da doença com a parceira, já que o homem pode se sentir desconfortável" usar preservativos(FINKLER, 2003).Segundo o Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, no ano de 2020 foram diagnosticados 41.909 novos casos de HIV e um aumento significativo de 10.752 para 25.966 casos na região norte, sendo que a razão de sexos foi de 23 casos em homens para cada dez casos em mulheres na região norte(BRASIL, 2020).…”