RESUMOO rio Piracicaba, Minas Gerais, apresenta extensão correspondente a 241 km desde a sua nascente na Serra do Caraça até sua foz no rio Doce, totalizando uma área de 6.000 km 2 com diversos afluentes e originando a Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (BHRP). Dentre as localidades da BHRP se destaca a região metropolitana do Vale do Aço, que exerce elevada pressão antrópica no corpo d'água em função do seu perfil produtivo (mineração, siderurgia, reflorestamento com eucaliptos, etc.) afetando o ecossistema. Esse estudo priorizou analisar a questão da qualidade da água superficial com ênfase para o processo de eutrofização com base na mensuração de variáveis limnológicas em pontos de coleta distintos, sendo P 1 (Fonseca), P 2 (Rio Piracicaba), P 3 (Nova Era), P 4 (Coronel Fabriciano) e P 5 (Ipatinga) localizados no entorno da Usina Hidrelétrica Sá Carvalho (UHE -Sá Carvalho). Foram realizadas amostragens da água superficial em regime quadrimestral no período compreendido entre julho/2007 até julho/2012, mensurados teores de nitrogênio total, fósforo total, oxigênio dissolvido, dentre outros, conforme procedimentos técnicos estabelecidos por CETESB (2014) e ANA (1998). Os resultados foram relacionados com o reservatório hidrelétrico para avaliar a sua influência na qualidade da água. Com os dados obtidos foram trabalhados a relação entre o nitrogênio e o fósforo (N:P), Índice de Estado Trófico modificado para fósforo total (IET-PT) e o Índice do Estado Trófico para Clorofila a (IET-Cla) evidenciando o incremento dos nutrientes em função da descarga de esgoto sanitário, atividades agrícolas e efluentes industriais. As amostras de água da BHRP indicaram condições supertróficas em diversas campanhas possivelmente relacionadas com a descarga de esgoto sanitário, atividades agrícolas e efluentes industriais. Enquanto para a UHE -Sá Carvalho foram encontrados resultados consoantes aos limites do CONAMA 357/2005 e COPAM/CERH 01/2008 para águas Classe 2. Finaliza-se