Na Amazônia, a agricultura itinerante garante a subsistência das comunidades tradicionais, porém, ocasiona intensos impactos ambientais. A restauração florestal com o monitoramento de indicadores, como o banco de sementes é indispensável, pois, fornece informações sobre as espécies viáveis para germinação em cenários de distúrbios ecossistêmicos. Objetivou-se, portanto, avaliar a composição e a densidade do banco de semente de uma floresta sucessional na Amazônia, submetida à manipulação de água e nutrientes há 12 anos. As coletas foram realizadas de maneira aleatória, com o auxílio de um amostrador vazado, em um fragmento florestal com três tratamentos (controle - CTL, remoção de serapilheira - REM e irrigação periódica- IRR). Encontramos 684 indivíduos e 32 espécies. A densidade de indivíduos variou de 820 ± 112 a 972 ± 394 ind m-2 para REM e CTL, enquanto a de espécies variou de 188 ± 48 a 216 ± 9,24 spp m-2 para CTL e REM, respectivamente. Os arbustos apresentaram a maior quantidade de indivíduos emergentes, e os cipós, a menor. Os maiores índices de Shannon-Weanver e Pielou foram observados no CTL. As espécies Vismia guianensis, Cecropia obtusa e Cyperus rotundus foram as mais frequentes em todos os tratamentos e as espécies pioneiras predominaram. A velocidade de emergência do tratamento REM foi inferior ao CTL, enquanto o tempo médio de emergência foi semelhante entre os tratamentos. A composição e densidade do banco de sementes não foram afetadas pelo efeito residual da manipulação de serapilheira. Apesar disso, os resultados foram ligeiramente superiores para o tratamento CTL.