A questão da abordagem da ação individual nos fenômenos políticos tem se consolidado como tema de discussão na Ciência Política. Se, de um lado, alguns estudiosos enfatizaram a ação individual -seja a partir de uma perspectiva psicologizante, seja a partir do paradigma da escolha racional -, de outro, outros analistas focaram em fatores estruturais externos, recorrendo, por exemplo, a determinantes estruturais, como classe social, e a conceitos como oportunidades políticas, redes, frames, etc. Como resultado deste debate, vários autores têm chamado a atenção para a necessidade de superar certa dificuldade no que diz respeito à integração entre agência humana e estrutura na compreensão de relações e processos políticos, argumentando que os pesquisadores do ativismo e dos movimentos sociais precisam revisitar o papel dos indivíduos nesses processos e nos resultados por eles alcançados