OBJETIVO: caracterizar e comparar o tempo máximo de fonação de idosas usuárias de prótese dentária superior e de idosas com dentição superior natural. MÉTODOS: 31 idosas que foram divididas em: grupo experimental - 19 senhoras que utilizavam prótese dentária superior, média de idade de 71,21 anos; grupo controle - 12 senhoras que não utilizavam prótese dentária, média de idade de 69,83 anos. Analisaram-se os valores dos tempos máximos de fonação das fricativas /s/ e /z/, e das vogais /a/, /i/ e /u/ por meio do teste paramétrico T-Student Pareado. RESULTADOS: as médias das vogais /a/, /i/ e /u/ e das fricativas /s/ e /z/ estiveram dentro do esperado no grupo controle (14,86s; 15,40s; 15,85s; 14,09s e 14,30s, respectivamente) e abaixo no grupo experimental (10,84s; 10,53s; 10,74s; 10,25s e 10,95s, respectivamente). Houve diferença estatística entre as idosas dos dois grupos para o tempo máximo de fonação das vogais, o que não foi encontrado no das fricativas. CONCLUSÃO: o grupo de idosas com dentição natural atingiu o tempo máximo de fonação mínimo de vogais e de fricativas esperado para adultos do sexo feminino e o grupo de idosas com prótese dentária superior completa ficou abaixo do esperado. Ao contrário do esperado, a comparação do tempo máximo de fonação das fricativas entre os grupos não mostrou diferença, mas o tempo máximo de fonação de todas as vogais analisadas foi menor no grupo com prótese. Os resultados mostram a influência do uso de prótese dentária sobre os resultados de tempo máximo de fonação de idosas.