SUMMARYSpindle epithelial tumor with thymus-like element (SETTLE) is a rare malignant neoplasm of the thyroid, occurring predominantly in children, adolescents, and young adults. SETTLE usually presents itself as a thyroid mass, without metastases at diagnosis. It is believed to derive from branchial pouch or thymic remnant tissue showing primitive thymic differentiation. This article reports the clinical, cytological, histological and immunohistochemical features of a SETTLE in a 3-year-old girl. Microscopic exam revealed a nodular, highly cellular neoplasm displayed in the classic biphasic pattern, with mixture of prominent spindle cell component and a minor glandular component lined by mucinous or respiratory-type epithelium. The immunohistochemical study showed strong and diffuse positivity for pan-CK, vimentin and smooth muscle actin. The present case is the first SETTLE case reported in Brazil. To date, the patient described remains without evidence of recurrence or metastasis 5 years after surgery. Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54(7):657-62 SUMÁRIO O tumor epitelial de células fusiformes com elemento thymus-like é uma rara neoplasia maligna da tireoide, ocorrendo predominantemente em crianças, adolescentes e adultos jovens. Habitualmente, esse tumor se apresenta como massa tireoideana, sem metástases ao diagnóstico. Acredita-se derivar de arco branquial ou tecido remanescente tímico, apresentando diferenciação tímica primitiva. Este artigo descreve os aspectos clínicos, citológicos, histológi-cos e imuno-histoquímicos de um caso de SETTLE diagnosticado em uma menina de 3 anos de idade. O aspecto microscópico encontrado no tumor foi de uma lesão nodular, hipercelular, disposta em aspecto bifásico clássico, com componente de células fusiformes, e de tecido glandular acompanhado por epitélio mucinoso e respiratório. O estudo imuno-histoquímico foi positivo para pan-CK, vimentina e actina de músculo liso. Esse caso é o primeiro relato de SETTLE no Brasil. A paciente descrita permanece sem evidência de doença em atividade cinco anos após o tratamento cirúrgico. Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54(7):657-62