Objetivo: correlacionar as estratégias de enfrentamento (coping religioso e espiritual) com o uso de substância e as tentativas de suicídio. Método: estudo do tipo descritivo/correlacional, cuja amostra foi de 260 adultos, em 2021. O estudo foi realizado em duas cidades no interior do Paraná. Foram aplicados a Escala de Coping Religioso-Espiritual, o teste ASSIST e questionário sociodemográfico para coleta dos dados. Resultados: do total da amostra (N=260), 46,9% (n=122) afirmaram ter, em algum momento da vida, pensado em suicídio. Desses sujeitos que relataram a ideação suicida, cerca de 95 (78%) declararam ter tentado (pelo menos uma vez). Já 43,8% dos entrevistados relataram apresentar diagnósticos relacionados à ansiedade, depressão ou ambas. Também foi identificada uma tendência linear negativa (teste de Jonckheere-Terpstra) entre escolaridade/idade, CREN total e razão de coping. Conclusão: sujeitos com idade mais avançada e maior escolaridade têm melhores estratégias de coping religioso. O suporte social e o aporte religioso, mesmo com deficiências, manifestam-se como importantes fatores protetivos relacionados ao comportamento suicida. Além disso, aqueles que utilizam mais estratégias positivas de enfrentamento, por meio da fé, apresentam menores chances de tentativas de suicídio.