“…Cabe ressaltar que nos valemos das ferramentas da antropologia, reconhecendo sua diversidade teórica, sem, entretanto, anunciar uma antropologia da dançauniverso teórico metodológico relativamente recente no Brasil, que nasce em meados dos anos 1990 buscando entender a dança relacionada com seus contextos culturais ou abordando-a enquanto caminho para compreender as dinâmicas que estruturam as sociedades. Esse campo de produção de conhecimento, ainda pouco presente nas ciências sociais brasileiras, apesar de sua potente transversalidade, surge nos Estados Unidos nos anos 1980, tendo como antecessores antropólogos da escola culturalista como Franz Boas (1959-1942), Joann Kealiinohomou (1930 64 , bem como figuras como Judith Lynn- Hanna (1936 -) e Adrienne Kaepler (1935 -), referências nesse campo de pesquisa. 65 Consideramos importante referir que a perspectiva etnográfica aqui adotada, em sua dimensão de interação e entendimento intersubjetivo, não se quer relacionada a ideias como objetos, objetividade e tampouco a presumida distância preconizada pela etnografia clássica e que ainda influencia pesquisas de campo contemporâneas.…”