No cenário brasileiro, foi constatado uma redução da taxa de fecundidade com um aumento na expectativa de vida, o que corrobora com essa afirmação é a progressão de que dentre os próximos anos os idosos corresponderão a um terço do total da população. Como o processo de envelhecimento, muitas vezes, pode ser rodeado de diferentes doenças, a polifarmácia é estabelecida para controlar tais enfermidades. No entanto, grandes são os prejuízos para a qualidade de vida dos pacientes provectos, muitas vezes, vítimas de iatrogenia. Nessa conjuntura de crescimento da população sênior é evidente o maior aparecimento de patologias crônicas-degenerativas, o que favorece a polimedicação, sendo verificado em pacientes assistidos na atenção primária à saúde. As consequências da polifarmácia possuem associação com prescrições potencialmente inadequadas, pois podem acarretar interações medicamentosas prejudiciais, mesmo já existindo o Critério de Beers, uma lista de medicamentos inapropriados para idosos. Somado a isso, além de aumentar as chances de internações hospitalares, a polimedicação tem sido relacionada com episódios de quedas. Portanto, é fundamental uma atenção especial para as necessidades do paciente idoso, assim, evitar iatrogenias e minimizar os efeitos causados pela polifarmácia através do manejo correto e valorização da prevenção quaternária.