RESUMOO presente estudo teve por objetivo investigar em que medida um programa de atividades físicas para crianças asmáticas pode modificar a função pulmonar, observadas as seguintes variáveis: capacidade vital forçada (FVC, em litros), volume expiratório no primeiro segundo (FEV1, em litros), fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF, em litros por segundo), fluxo expiratório entre 25% e 75% da FVC (FMF, em litros por segundo) e o tempo médio de trânsito do ar (MTT, em segundos). Participaram deste estudo 50 crianças na faixa etária de 5 anos e 8 meses a 15 anos. Os resultados mostraram que um programa regular de atividades físicas, com duração de um ano, pode melhorar a mecânica respiratória e tornando mais eficaz a ventilação pulmonar de crianças asmáticas. Observou-se uma melhora do fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF) e do tempo médio de trânsito do ar (MTT). Esses resultados evidenciam que não há alteração significativa para capacidade vital forçada (FVC), volume expiratório no primeiro segundo (FEV1) e fluxo expiratório entre 25% e 75% da FVC (FMF), mas indicam uma tendência de melhora. Apesar dos dados terem mostrado uma melhora nas variáveis FEF e MTT é preciso que se realizem outros estudos envolvendo um grupo controle e com separação de faixas etárias. UNITERMOS: Asma; Função pulmonar; Educação física adaptada.
INTRODUÇÃOA asma, embora reconhecida desde 460 A.C., foi um termo inicialmente utilizado para referir-se a qualquer doença associada com a falta de ar.Floyer (citado em Fitch, 1978), em seu livro "Tratado da Asma", apresentou o broncoespasmo como causador da falta de ar, relacionando-o com hereditariedade, poluição, infecções, exercício físico e fatores emocionais.A asma não está ainda claramente definida, visto que diferentes autores têm procurado uma definição que seja abrangente quanto aos aspectos etiopatogênicos e clínicos. Do ponto de vista clínico, representa uma obstrução difusa de vias aéreas que é reversível espontaneamente ou com tratamento.