Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores de risco para danos ou retirada de cateter de longa permanência totalmente implantado em pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica. Metodos: Trata-se de um estudo observacional transversal que avaliou prontuários de pacientes submetidos à colocação de cateter totalmente implantado para quimioterapia antineoplásica, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Foram coletados dados clínicos e sociodemográficos associados à sobrevida do cateter por meio do Log-Rank testes de Mantel-Cox e Regressão de Cox (SPSS, p<0,005). Resultados: Dos 58 dispositivos avaliados, a maioria dos pacientes era mulheres casadas com nivel superior de escolaridade e com idade inferior a 60 anos. O lado mais frequente de implantação do cateter foi o direito, e o local de implantação mais prevalente foi a veia jugular interna. Pouco menos de 1/3 dos pacientes (29,3%) tiveram perda de port-a-cath devido complicações com uma sobrevida de seguimento de cinco anos de 35,73±3.76 (IC 95% = 28. 35-43.11). Dois pacientes (4,7%) necessitaram de remoção por exposição do dispositivo, três (7,0%) por obstrução e 12 (27,9%) por infecção. Pacientes do sexo feminino (p=0,0019) e pacientes com tumores de mama (p=0,049) apresentam menor tempo médio de sobrevida. As mulheres apresentaram sobrevida port-a-cath 9,25 vezes (IC 95%=1,35-50,25) menor na análise multivariada. Conclusão: A perda do cateter port-a-cath foi de aproximadamente 30% e ser do sexo feminino foi um fator de risco importante.