Sabe tese, de faculdade? Aquela que defendem? Com unhas e dentes? É dessa tese que eu estou falando. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese. Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.
[...]Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta. E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese. O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.
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______________________________agradecimentosComo disse sabiamente a Marô: tese boa é tese defendida! Não vejo a hora! Pra chegar nesse ponto contei com a ajuda e esforço de muita gente e testei a paciência e amizade de muitos em vários e longos dias de campo. A todos vocês meu muito obrigado!!! Agradeço especialmente:Ao Marcio Martins, pela orientação, amizade e principalmente por fornecer a infra-estrutura sem a qual esse trabalho seria impossível.Ao Instituto Florestal e Estação Ecológica de Itirapina (EEI), na figura de Denise Zanchetta pela permissão para trabalhar na EEI.Aos funcionários da EEI, principalmente o Gilson pela força durante muitas fases do trabalho de campo, pela companhia e por uma quantidade de informações muito valiosas sobre mamíferos da região. À Dona Isabel por cuidar do alojamento e sempre tentar dar um jeito de "encaixar" a gente mesmo no alojamento lotado.À Fapesp (00/12339-2), ao CNPq (47062/2003-6) e à Pró-reitoria de Pós-graduação da USP pelo auxílio financeiro fundamental.Ao CNPq pela bolsa concedida durante dois anos desse trabalho.A todos os amigos que me ajudaram muito nos trabalhos de campo em horários ingratos e temperaturas nem sempre muito confortáveis e algumas vezes não vendo bicho algum: Gus, Carlutcho, Toza, Victor, Daniel Minduim, Kãozinha, Garga, Philip, Leda, Sara, Fê, Criss P., Dê Bambuzinho, Hilton, Leo, Paulitcha, Kika, Bruno, Tetê, Tiago, Adriano, Luci, Grá, Diego, Gilson, e Carol.Ao Gerardo que embarcou de última hora na furada de ir carpir o Cerrado até não dar pra enxergar mais.À Renata Pardini por se prontificar em ajudar e pelas idéias para o projeto.Aos companheiros de alojamento lá em Itirapina, com quem compartilhei muitas conversas e muitas risadas enquanto a gente tava cansado demais pra ir dormir: Jane, Ana Paula, Regina, Garga, Milene, Kika, Toza e Victor.
8Ao Laboratório de Ecologia da ...