O pulmão é uma fonte de grande número de espécimens citológicos e histológicos. Destes espécimens o patologista deverá emitir um diagnóstico, tendo, dessa forma, importante papel no estabelecimento do estadiamento clínico e patológico. A prioridade do patologista na avaliação de um tumor pulmonar, para fazer um diagnóstico histológico específico, reside na avaliação do espécimen histológico; contudo, pode ser acompanhada de preparados citológicos. Aqui pode fazer-se necessária a suplementação por técnicas histoquímicas e imunoistoquímicas. Se houver adequadas condições de fixação do tecido, técnicas especiais como microscopia eletrônica, imunoistoquímica em material congelado, citogenética e estudos moleculares poderão ser realizados. Exceção será feita se o material for muito pequeno, quando então deverá ser totalmente submetido à técnica de rotina; neste caso, se o diagnóstico não puder ser elaborado, biópsias subseqüentes poderão ser prospectivamente obtidas e direcionadas para a técnica especial de estudo. Este é o caso freqüentemente encontrado nos linfomas malignos, nos quais os espécimens de biópsia poderão ser muito pequenos e insuficientes para o diagnóstico definitivo sem imunofenotipagem. O estadiamento patológico de tumor primário de pulmão será alcançado quando houver adequado estudo macro e microscópico. Os procedimentos descritos a seguir poderão ser aplicados para ressecções por segmentectomia, lobectomia, pneumectomia, ressecções em bloco, traquéia ou brônquios. (J Pneumol 2002;28(4):201-218)