RESUMOOBJETIVOS. Determinar a frequência e os principais fatores associados à bacteriúria após a sondagem vesical em mulheres submetidas à cirurgia ginecológica eletiva. MÉTODOS. Realizou-se um estudo do tipo coorte em mulheres submetidas à cirurgia ginecológica após sondagem vesical no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, no período de janeiro a maio de 2007. As uroculturas foram coletadas até 24 horas após a retirada da sonda e 7/10 dias após a sondagem vesical. A análise estatística bivariada e multivariada foi realizada calculando-se a razão de risco e os seus intervalos de confiança a 95%. RESULTADOS. Foram incluídas no estudo 249 mulheres. A frequência de uroculturas positivas até 24 horas depois da retirada da sonda foi de 23,6%, diminuindo para 11,1% 7/10 dias após a sondagem. Destas, apenas 2,4% eram sintomáticas. Verificou-se menor risco de bacteriúria com 7/10 dias após a sondagem vesical quando a paciente referiu vulvovaginite tratada nos últimos três meses, não permanecendo estatisticamente significativa após a análise multivariada. Não houve associação significativa com idade, escolaridade, número de gestações, paridade, fase da vida reprodutiva, tipo e duração da cirurgia, tipo da anestesia, uso de antibiótico profilático, profissional que colocou a sonda e o tempo de permanência da sonda vesical. CONCLUSÃO. A frequência de bacteriúria foi de 23,6% e 11,1% com 24 horas e 7/10 dias, respectivamente. Não se encontrou associação significativa das variáveis pesquisadas com a bacteriúria evidenciada na urocultura com 7/10 dias.