Stream Piracy in the Black Hills: A Geomorphology Lab Exercise

Rearranjos de drenagem na bacia do Rio Capivari e morfogênese da Serra do Mar em São Paulo (SP): uma contribuição ao estudo de capturas fluviais em meio tropical úmido

“…Em linhas gerais, compreende-se que o curso capturante aproveita-se da vantagem de seu maior gradiente, sua maior energia e seu maior potencial erosivo em comparação com o rio capturado (BISHOP, 1995;ZAPROWSKI et al, 2002 Figura 4 -Ilustração de uma captura fluvial, mediante a interceptação ativa por parte do rio capturante, com a formação de um colo.…”

“…No entanto, trata-se da evidência mais suspeita (SMALL, 1972), visto que inflexões na rede de drenagem podem ser produzidas por outros processos, como no caso de adaptações às estruturas geológicas (BISHOP, 1995). Além disso, Zaprowski et al (2002) (SUMMERFIELD, 1991;CLARK et al, 2004). O padrão barbed pode se desenvolver quando rios em expansão remontante atravessam padrões de drenagem mais antigos ou barreiras topográficas (STOKES e MATHER, 2003;MIKESELL et al, 2010).…”

“…A presença de sedimentos fluviais no colo tem sido utilizada como evidência da passagem do rio pelo local (CLARK et al, 2004;PRINCE et al, 2010PRINCE et al, , 2011 Com a captura ou desvio, os limites entre as bacias hidrográficas são alterados de tal modo que, enquanto uma delas apresenta redução na área levando a perda significativa de descarga e de sedimentos, na outra ocorre justamente o oposto (BISHOP, 1995;ZAPROWSKI et al, 2002;MIKESELL et al, 2010). Na Espanha, a bacia do rio Alias sofreu forte redução em sua área, provocando perda de descarga e de potência para transporte de sedimentos, o que se expressa na redução granulométrica dos depósitos fluviais e em mudanças na arquitetura aluvial, com redução pela metade dos tamanhos de corpos sedimentares correspondentes a canais e barras (MAHER et al, 2007).…”

“…Embora os terraços possam, em raras ocasiões, ser produzidos por capturas fluviais (MATHER, 2000;ZAPROWSKI et al, 2002;MAHER et al, 2007;KAZANCI et al, 2009;PRINCE et al, 2010PRINCE et al, , 2011, na maioria das vezes eles se devem a respostas dos sistemas fluviais às combinações de efeitos de mudanças climáticas, movimentos tectônicos e eustasia (MERRITTS et al, 1994;MOLNAR et al, 1994; VELDKAMP e VAN DIJKE, 2000;HSIEH e KNUEPFER, 2001;HANCOCK e ANDERSON, 2002;MACKLIN et al, 2002;WEGMANN e PAZZAGLIA, 2002;PAN et al, 2003;STARKEL, 2003;ANTOINE et al, 37 2007; BRIDGLAND e WESTAWAY, 2008;CUNHA et al, 2008;GAO et al, 2008;CARCAILLET et al, 2009;ERKENS et al, 2009;WANG et al, 2009;WESTAWAY et al, 2009;MAGALHÃES Jr. et al, 2011;PERRINEAU et al, 2011;HU et al, 2012;RAMOS et al, 2012;VIVEEN et al, 2012VIVEEN et al, , 2014STANGE et al, 2013;FUCHS et al, 2014). Há critérios para se distinguir entre terraços produzidos por capturas daqueles produzidos por outros processos.…”

“…Os terraços podem ser utilizados para se determinar a direção do fluxo do rio anteriormente à captura, a partir da observação de seus mergulhos (ZAPROWSKI et al, 2002 (MERRITTS et al, 1994) ou pelo método da Luminescência Opticamente Estimulada (LOE), aplicado nos próprios sedimentos arenosos (WANG et al, 2009;STOKES et al, 2012a, b;RAMOS et al, 2012;FUCHS et al, 2014).…”