“…Destaca-se que a totalidade dos cuidadores primários das crianças participantes do estudo foi do sexo feminino o que está em concordância com outros estudos que indicam a mulher como a principal responsável pelo cuidado (Romagnoli, 2006;Santos & Cardoso, 2015;). Dentre as cuidadoras, a maioria, tanto no grupo de comparação (G2 = 90,0%), quanto no grupo clínico (G1 = 80,0%) foram as mães das crianças, corroborando outros trabalhos de investigação (Estevam, Marcon, Antonio, Munari & Waidman, 2011;Narkunam, Hashim, Sachdev, Pillai & Guan Ng, 2014;Santos & Cardoso, 2015) Somado a esses dados observou-se que as cuidadoras das crianças do G1 possuiam até 40 anos de idade (55,0%), pouca escolaridade (65,0% com menos de 8 anos de estudo), a maioria trabalhava fora de casa (65,0%) e 95,0% delas recebiam menos de dois salários mínimos. Pode-se refletir sobre o papel que é depositado e assumido dentro da família pela mulher no cuidado com os filhos e a sobrecarga advinda por ter responder, além das demandas domésticas de cuidado à família, as demandas do trabalho, caracterizando desse modo uma dupla jornada.…”