Introdução: Recentes mudanças nas relações e mercado de trabalho no setor da educação superior trazem desafios e sobrecargas importantes aos corpos docentes, o quê, pela emergência da situação epidemiológica mundial, foi agravado no ano de 2020. Objetivos: Investigar a presença de transtornos mentais e fatores associados em docentes do ensino superior em instituição privada do interior do Estado de São Paulo. Métodos: Pesquisa quantitativa, descritiva exploratória, de corte transversal, transcorrida em junho de 2021, utilizando-se de instrumento por meio digital contendo dados sociodemográficos e de hábitos de vida, o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) e o Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Investigada a presença de associações entre variáveis por meio da razão de chance, Odds Ratio, e Risco Relativo. Resultados: Participaram 49 docentes, em sua maioria do sexo feminino, entre os 29 e 78 anos. Em 61,2% dos indivíduos, o índice de massa corporal esteve acima do recomendado, e ainda 40,8% pontuados como sedentários. A presença de doença crônica foi relatada por 40,8% e o uso contínuo de medicamentos em 65,3%. A presença de Transtorno Mental Comum esteve presente em 28,5%, sendo a mesma prevalência encontrada de quadros depressivos, apresentando associação positiva com o reconhecer-se sedentário, sobrepeso ou obesidade, consumo de bebida alcoólica pelo menos uma vez na semana e tempo de trabalho docente menor de cinco anos. Conclusões: O estudo apontou um quadro relevante de sofrimentos mentais entre os docentes, associados a hábitos de vida, que podem comprometer a qualidade de vida e de trabalho. Palavras-chave: transtornos mentais. docentes. saúde do trabalhador. educação superior. COVID-19.