RESUMOIntrodução: Pesquisas demonstram que a obesidade pode ter início na infância. Além disso, o excesso de peso presente em 50% na infância é fator preditor da obesidade na vida adulta. As consequências são preocupantes pela associação com diversas comorbidades, entre elas, a hipertensão arterial. Estudos mostram que crianças obesas apresentam risco superior de hipertensão arterial em relação às não obesas. Objetivo: Identificar a prevalência de hipertensão arterial e sua relação com o sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes estudantes da rede pública do município de Vitória, ES, Brasil. Foram estudados 477 alunos, com idade entre 7 e 17 anos, sendo 42,56% e 57,44% dos gêneros masculino e feminino, respectivamente, selecionados por meio de amostragem estratificada por conglomerados. Métodos: Na análise do perfil antropométrico foram utilizados: percentual de gordura por meio de medida de dobras cutâneas e índice de massa corporal (IMC). Além disso, foi realizada aferição da pressão arterial para classificação da hipertensão arterial. Resultados: Os resultados mostram nos estudantes de Vitória, ES, com sobrepeso, valores pressóricos elevados (limítrofes e hipertensos 1 e 2), representando nos gêneros masculino e feminino 21,1% (PAS: 112 ± 10,4 mmHg e PAD: 65,6 ± 8,91 mmHg) e 19,2% (PAS: 108 ± 12,1 mmHg e PAD: 65,6 ± 8,90 mmHg), respectivamente. No entanto, nos estudantes obesos, a prevalência foi maior, abrangendo 26,3% (PAS: 113 ± 11,3 mmHg e PAD: 67,8 ± 10,1 mmHg) no gêneros masculino e 25% (PAS: 108 ± 14,4 mmHg e PAD: 68,3 ± 10,2 mmHg) no feminino. Conclusão: Os achados relatados neste estudo mostram altos índices de crianças e adolescentes acometidos tanto por excesso de peso quanto pela hipertensão arterial. Estes resultados sugerem a implementação de medidas preventivas e de tratamento dos fatores de risco cardiovascular em crianças e adolescentes do município de Vitória, ES.
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