Para viabilizar a obtenção de tais produtos, deve-se assegurar eficiência no processo de separação quando polímeros individuais são utilizados, ou eficiência na mistura de polí-meros quando diferentes fases que constituem a base polimérica possam atender o desempenho desejado, o que torna imprescindível o conhecimento aprofundado do comportamento das misturas. No sentido de obter controle, soma e até sinergia de propriedades, blendas binárias e ternárias têm sido amplamente pesquisadas utilizando-se diferentes aditivos e métodos de compatibilização. Dentre elas, as de poliolefinas com PS e HIPS podem ser destacadas [2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14] . Para compatibilização, copolímeros em bloco com variados comonômeros, composição, peso molecular e estrutura, em conjunto ou não com processos reativos, são os mais estudados. Resultados interessantes de estabilização da morfologia de fases em blendas PS/HDPE, nas proporções 90/10 e 80/20% em peso, foram obtidos por Tao et al. [15] .
IntroduçãoA prática da reciclagem de matérias primas previamente utilizadas já está consolidada mundialmente como contribuição imprescindível ao desenvolvimento sustentável. No Brasil, 16,5% dos plásticos rígidos e filmes são reciclados, o que equivale a cerca de 200 mil toneladas por ano. A taxa de reciclagem de plástico na Europa há anos está estabilizada em 22%, sendo que em alguns países a prática é impositiva e regulada por legislações complexas e custosas para a população local, diferentemente do Brasil, onde a reciclagem acontece de forma espontânea. O Brasil ocupa o 4º lugar na reciclagem mecânica do plástico, ficando atrás apenas da Alemanha, Áustria e EUA [1,2] . Na reciclagem mecânica, produtos de alto valor agregado fabricados com os resíduos são mais competitivos de forma a ampliar o mercado desses polímeros reciclados. Resumo: Blendas de poliolefinas/HIPS têm sido exploradas para obter filmes especiais com determinadas propriedades desejadas, tornando imperativo desenvolver vários estudos para um melhor conhecimento do comportamento desses materiais. Neste trabalho, efeitos da adição dos copolímeros comerciais de estireno-butadieno multibloco (SBS) e de estireno-(etilenoco-butileno)-estireno (SEBS) tribloco linear em blendas pós-consumo de HDPE e HIPS são reportados. A diminuição nas dimensões da microfase dispersa, aliada à rugosidade superficial da fase HDPE após extração seletiva do HIPS, independentemente de a fase matriz ser HIPS ou HDPE, mostraram mais eficiência do SEBS como modificador interfacial de tensão ou como surfactante entre os diferentes domínios quando comparado com o SBS. Os resultados das caracterizações térmicas, por exemplo, menor T m e menor grau de cristalinidade do HDPE, e maior T g do poliestireno na presença de SEBS corroboraram esta conclusão, como será discutido posteriormente.
Palavras-chave: HDPE/HIPS pós-consumo, blendas, reciclagem, compatibilização, morfologia, caracterização térmica.
The Effect of Different Block Copolymers on Post Consumer HDPE/HIPS Blends: Phase Morphology an...