RESUMO -A deposição de parafinas é um dos problemas na produção e transporte do petróleo. Compreender o fenômeno da precipitação de parafina é o primeiro passo para garantir a produção e escoamento de petróleo com segurança e economia. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um modelo que consiga estimar a perda de carga em escoamento de óleos com alta concentração de nparafinas. Foram realizados experimentos com óleos parafínicos extraídos de diversos poços. Alguns parâmetros do modelo foram medidos experimentalmente. A temperatura de aparecimento de cristais (TIAC) foi estimada através de microcalorimetria e o comportamento da viscosidade do fluido por viscosimetria. Neste trabalho foi desenvolvido um modelo semi-empírico capaz de estimar a perda de carga do escoamento de óleos parafínicos em diferentes condições de teor de água, vazão e temperatura ambiente. Os resultados obtidos mostraram que o modelo representa físico-quimicamente o fenômeno estudado.
INTRODUÇÃOCom o aumento da demanda mundial de petróleo e seus derivados, cada vez mais é necessário o transporte e processamento destes fluidos. A depender das condições de trabalho, um problema comum que pode ocorrer é a precipitação de ceras e hidratos. Um dos principais desafios da engenharia de produção é evitar a precipitação destes componentes nos poços, dutos e equipamentos de superfície.O foco deste trabalho esta na precipitação de parafinas, que é um dos principais problemas na produção e armazenamento de petróleo. Este fenômeno causa prejuízos consideráveis a indústria petrolífera todos os anos, resultando em elevados gastos com manutenção de instrumentos e energia. A precipitação de ceras pode causar danos irreparáveis a equipamentos, operação em condições de elevado risco e, em casos extremos, parada completa da produção (PAULY; DARIDON;COUTINHO, 2004).Vários modelos de escoamento de fluidos já foram desenvolvidos até o momento. Os modelos de Hagen-Poiseuille e Darcy-Weisbach são alguns dos mais conhecidos e aplicados, principalmente, em escoamento de fluidos incompressíveis e newtonianos. Devido à natureza complexa dos escoamentos de petróleo, modelos mais específicos são necessários para prever o escoamento destes óleos. Alguns destes modelos são os aplicados por Abduvayt et al.