O conhecimento de alguns aspectos práticos na rotina da interpretação do EEG são importantes para evitarmos conclusões errôneas. Nas epilepsias, o uso correto das montagens facilita uma melhor interpretação do traçado e o EEG é imprescindível para o diagnóstico das síndromes. Nas demências, podemos encontrar diferentes padrões, sem nenhum achado patognomônico. Variantes benignas não devem ser interpretadas como anormalidades. Do mesmo modo, atividade epileptiforme no EEG, sem história de epilepsia, não justifica tratamento. O EEG do recém-nascido é um dos exames de maior importância diagnóstica e sobretudo prognóstica nas lesões encefálicas. Nos “status epilepticus” não-convulsivos, o EEG é fundamental para os diagnósticos diferenciais. Nas encefalopatias metabólicas, podemos avaliar o grau da encefalopatia pelo EEG. Nos comas, o EEG pode avaliar o prognóstico e confirmar o diagnóstico de morte encefálica. O mapeamento cerebral, exame realizado somente após a interpretação do EEG digital, não é um exame de rotina.