O objetivo do estudo foi verificar a associação entre percepção subjetiva da memória, nível de atividade física (AF) como lazer e sintomas psicológicos de trabalhadores de uma universidade do sul do Rio Grande do Sul. Trata-se de estudo transversal, conduzido com 297 participantes da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG). A percepção da memória foi avaliada por meio da questão “Como você classifica sua memória hoje?”, categorizada em excelente/muito boa, boa/razoável ou ruim. Foram considerados com pior percepção aqueles que a apontaram como ruim. Participantes que reportaram praticar 150 minutos ou mais de AF/semana foram classificados como ativos. Sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram avaliados através da escala DASS-21, e os participantes, classificados como sem sintomas ou com sintomas. As razões de odds (RO) e intervalos de confiança (IC95%) foram estimadas por meio de regressão logística ordinal, bruta e ajustada. A prevalência de percepção ruim da memória foi de 6,4%. Ser insuficientemente ativo aumentou duas vezes a chance de percepção ruim. Sintomas de depressão, ansiedade e estresse aumentaram 5,9, 3,3 e 2,6 vezes a chance de percepção negativa. Concluiu-se que ter percepção ruim da memória esteve associado à falta de AF e presença de sintomas psicológicos nos trabalhadores avaliados.