A hipersensibilidade dentinária representa uma dor aguda, de curta duração, resultante da exposição do tecido dentinário a estímulos térmicos, evaporativos, táteis, osmóticos ou químicos. Vários métodos são utilizados para tratar a hipersensibilidade dentinária, dentre eles está o emprego de dentifrícios e agentes dessensibilizantes de uso profissional. Recentemente o laser de baixa potência, que possui ações anti-inflamatórias, analgésicas, biomoduladoras e antimicrobianas, assim como agentes bactericidas como, por exemplo, o glutaraldeído, tem sido utilizados para diminuir a sensibilidade do paciente. Sendo assim, este trabalho se propôs a buscar na literatura científica a associação dos dois métodos citados acima para se obter uma opção de tratamento da hipersensibilidade dentinária. Os bancos de dados utilizados para essa pesquisa foram PubMed (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/) e SciELO (https://www.scielo.br/). As buscas foram realizadas utilizando as seguintes palavras-chave “Noncarious cervical lesions”, “Dentin hypersensitivity”, “Glutaraldehyde”, “Low power laser” e “Gluma”, no período de 2015 a 2023. Os resultados obtidos com base nos 23 artigos selecionados mostraram que o uso do laser de baixa potência, associado com o glutaraldeído, representam uma abordagem não invasiva e pode reduzir significativamente a hipersensibilidade dentinária. O laser atua no tecido pulpar, promovendo a despolarização das fibras nervosas, aumentando o limiar de dor. O glutardialdeído reage com a albumina sérica no fluido dentinário por coagulação, neutralizando, assim, o mecanismo hidrodinâmico da hipersensibilidade dentinária. Após revisão da literatura, concluiu-se que a associação entre o glutaraldeído e o laser representa um tratamento de baixo custo e parecem ser igualmente eficazes no alívio da hipersensibilidade dentinária.