RESUMO: Objetivo: Relatar a experiência no diagnóstico e tratamento do cisto de colédoco no Hospital Municipal Jesus em cinco anos (1996)(1997)(1998)(1999)(2000)(2001)) e a experiência brasileira publicada para o tratamento do cisto de colédoco em crianças. Método: Avaliação prospectiva dos pacientes operados com o diagnóstico de cisto de colédoco em cinco anos no Hospital Municipal Jesus. Resultados: Houve predomínio de casos diagnosticados pela presença de dor abdominal recorrente, icterícia e/ou massa abdominal palpável. Apenas dois pacientes apresentavam a tríade completa. Todos os pacientes foram submetidos à ultra-sonografia e houve dúvida no diagnóstico ultrasonográfico em apenas dois. Todos eram cistos do tipo 1 de Todani tratados através de ressecção completa e anastomose biliodigestiva em Y Roux. Houve complicações pós-operatórias imediatas em três pacientes: um caso de hemorragia digestiva alta e dois casos de fístula biliar, um deles relacionado a problemas técnicos na anastomose que necessitou de reoperação. O seguimento variou de quatro meses a cinco anos, sem detecção de complicação tardia em nenhum caso. Conclusões: O tratamento do cisto de colédoco através da ressecção completa na criança é seguro, relacionado a poucas complicações e capaz de resolver por completo a sintomatologia pré-operatória dos pacientes.Descritores: Cisto de colédoco; Malformações de vias biliares; Hepático-jejunostomia.
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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃOOs cistos de colédoco são típicos do paciente pediá-trico e apesar de incomuns na população ocidental têm sido progressivamente mais diagnosticados, pelo instrumental diagnóstico aperfeiçoado e uso difundido da ultrasonografia, capaz de detectar a doença com facilidade, inclusive in utero.Paralelamente ao aperfeiçoamento dos métodos diagnósticos ocorreu mudança radical do ponto de vista do tratamento cirúrgico: pelo reconhecimento relativamente recente (em torno de 20 anos) do alto risco de malignização tardia no epitélio dos cistos o tratamento transitou da aceitação de anastomoses cistoentéricas, para a imposição de ressecções completas do cisto ou, ao menos, de sua mucosa. A transição de uma cirurgia relativamente simples de executar (cistojejunostomia) para uma técnica mais complexa (ressecção completa do cisto com anastomose hepaticojejunal em Y Roux) e o diagnóstico e tratamento mais precoces obriga a uma revisão dos resultados terapêuticos, a fim de verificar a aceitação, praticidade e segurança dos métodos de ressecção em nosso meio.
MÉT MÉT MÉT MÉT MÉTODO ODO ODO ODO ODOO serviço de cirurgia do Hospital Jesus é de nível terciário e atende crianças até os 12 anos de idade, funcionando como referência em cirurgia pediátrica no municí-