Resumo
Objetivo Avaliar 15 pacientes com ruptura do tendão distal do bíceps submetidos a reinserção por meio de via única, anterior e transversa no antebraço com o uso de duas âncoras. Os pacientes foram submetidos a um protocolo de reabilitação e, ao término de seis meses, efetuou-se avaliação do arco de movimento do cotovelo operado e da intensidade de força durante a flexão e a supinação.
Métodos Os dados foram coletados de maneira prospectiva, e foram analisados pelo teste de Mann-Whitney e pelo teste de modelos mistos para avaliar a força entre os cotovelos operado e não operado.
Resultados Um total de 80% dos pacientes eram homens, 60% sofreram lesão do lado dominante, 46% eram trabalhadores braçais, e 73% não praticavam atividades físicas regularmente. O uso de anabolizante foi relatado por dois pacientes. Após o tratamento, os pacientes recuperaram 98% da força de supinação, e 94% da de flexão. De acordo com questionário de Disfunções do Braço, Ombro e Mão (Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand, DASH), 73% dos pacientes encontram-se dentro do esperado para uma população normal.
Conclusão A via única, anterior e transversa associada ao reparo do tendão com o uso de âncoras apresentou-se esteticamente satisfatória, com boa recuperação da força durante a flexão e a supinação, não ocorrendo casos de ossificação heterotópica ou complicações graves.