A hepatozoonose canina é uma doença parasitária de caráter debilitante, imunossupressora e de difícil diagnóstico clínico. A prevalência da doença em cães já foi descrita em vários estados brasileiros, todavia na região Nordeste os estudos ainda são escassos. Em virtude disso, o trabalho objetivou determinar a prevalência da hepatozoonose canina no município de Areia, Paraíba, Brasil. Os cães foram examinados clinicamente e foram colhidas amostras de sangue circulante e periférico (ponta de orelha). Das 151 amostras analisadas, 9,3% dos cães foram positivos para Hepatozoon canis, a partir da visualização de gamontes parasitando neutróilos. O grau de parasitemia variou de leve a intenso. As alterações hematológicas observadas foram diferentes entre os animais, não apresentando padrão de resposta à infecção. A forma subclínica foi observada em 50% dos cães e os demais apresentaram sinais clínicos inespecíicos. Conclui-se que há a ocorrência da hepatozoonose em cães da área urbana do município. Além disso, os cães infectados com H. canis apresentaram alterações hematológicas e sinais clínicos inespecíicos.
Palavras-chave: Epidemiologia; Hematologia; Hemoparasita; Hepatozoon canis
AbstractPrevalence of canine hepatozoonosis in Areia, Paraíba, Brazil. Canine hepatozoonosis is a parasitic disease of debilitating nature. Also, it is immunosuppressive and dificult to diagnose clinically. The prevalence of the disease in dogs has been described in several Brazilian states, but studies are still scarce in the Northeast region. Accordingly, this study aimed to determine the prevalence of canine hepatozoonosis in Areia, Paraíba, Brazil. The dogs were clinically examined, and peripheral blood samples were obtained from the tip of the ear. Of the 151 dogs analyzed, 9.3% were positive for Hepatozoon canis by the demonstration of gamonts parasitizing neutrophils. The degree of parasitemia ranged from mild to intense. The observed hematological changes were different between animals and showed no pattern of response to infection. The subclinical form Biotemas, 29 (1): 175-179, março de 2016 ISSNe 2175