Introdução: O câncer de esôfago é uma neoplasia bastante agressiva que está entre os dez mais incidentes no país e o sexto quando se relaciona a mortalidade por câncer. O Carcinoma epidermóide é o tipo histológico mais prevalente e está relacionado a fatores de riscos como tabagismo, etilismo, dietas a base de produtos industrializados ricos em nitrosaminas. Objetivo: Caracterizar o perfil de mortalidade por câncer de esôfago no Brasil. Método: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, em que foi utilizado as bases de dados do Sistema de informação Hospitalares do SUS (SIH/SUS) alimentada pela Autorização de Internação Hospitalar (AIH) e pelo Sistema de Informações sobre a Mortalidade (SIM), ambos disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados e discussões: O número de óbitos no período em estudo foi de 30.171 casos, sendo a taxa de letalidade hospitalar 16,00%. Com relação à faixa etária, o número de óbitos foi maior entre os 50 aos 69 anos (58,69%), seguida pela faixa etária dos 70 aos 79 anos (20,16%). Entre os sexos, o masculino foi significativamente maior (77,33%) e entre as regiões, o sudeste detém mais da metade no número de óbitos (51,73%). Este estudo demonstrou alta associação da neoplasia com o sexo masculino. Apesar do número de óbitos ter sido maior na região sudeste, a região norte foi a que apresentou maior taxa de mortalidade por câncer de esôfago. Conclusão: A importância de se investimentos na área para que tanto o acesso ao diagnóstico seja realizado de maneira precoce, como o tratamento reduza a taxa de desfechos desfavoráveis. Além disso, medidas de conscientização social ainda na atenção primária a respeito das condições que podem predispor o câncer de esôfago, alertando a população a respeito de fatores ainda pouco conhecidos relacionados.