Erwinia psidii é, atualmente, um dos principais patógenos da eucaliptocultura no Brasil. Embora seu manejo tem sido baseado no plantio de clones resistentes, pouco se sabe a respeito do período de sobrevivência de E. psidii e o modelo de herança da resistência de eucalipto à doença. Neste estudo, avaliou-se a translocação e a sobrevivência de E. psidii em diferentes partes de mudas e minicepas de Corymbia torelliana e Eucalyptus spp., inoculadas e mantidas por até quatro anos, bem como a herança da resistência em sete famílias de irmãos-completos provenientes de cruzamentos interespecíficos controlados. Os resultados deste trabalho demonstram que E. psidii apresenta movimento principalmente basipetal até as raízes, onde sobrevive por até quatro anos, tanto em minicepas suscetíveis quanto em minicepas resistentes. A bactéria também foi detectada no caule, porém em menor frequência e em uma amostra de broto. Seis modelos baseados na hipótese de herança genética monogênica ou controlada por dois ou três genes de efeito maior foram testados, entretanto, nenhum explicou totalmente os padrões de segregação fenotípica observados para todas as famílias estudadas. Dentre os parâmetros genéticos estimados encontramos uma herdabilidade moderada (0,15 < h 2 a < 0,50), o que reforça a hipótese de múltiplos genes envolvidos na resistência. Assim, os resultados deste estudo indicam que a herança da resistência de Eucalyptus spp. a E. psidii é complexa e dependente de múltiplos genes de efeitos aditivos e não-aditivos. Palavras-chave: Seca de ponteiros. Eucalipto. Resistência genética. Melhoramento genético. Detecção de bactéria. Clonagem.