ResumoAtualmente um novo conceito de planejamento florestal vem se popularizando, o planejamento florestal espacial. Nele, a unidade de manejo ou talhão passa a ser vista de maneira mais abrangente com análise para seu tamanho, forma e distribuição em relação aos demais. Para este problema, foram elaborados modelos de Programação Linear Inteira (PLI), com uso de restrições do planejamento tradicional, restrições espaciais do tipo URM (Unit Restriction Model) colheita e restrição de adjacência clonal, nova aplicação de URM. Objetivou-se, com este trabalho, criar um modelo de minimização de custo utilizando restrição de adjacência clonal. A intenção desta restrição é reduzir o tamanho de áreas homogêneas, em florestas de eucalipto e, desta forma, diminuir a proliferação de pragas e doenças além de contribuir para a tomada de decisão do gestor florestal. O processamento dos dados foi realizado, nos princípios da PLI e gerou 11 cenários que diferenciaram entre si pela natureza das restrições, espacial e não espacial, bem como restrições volumétricas e limite de área a ser reformada. O volume médio colhido nos cenários sem restrição espacial foi 0,64% maior em relação àqueles com restrições espaciais. A adição de restrição espacial reduziu o valor da função objetivo. Nos cenários, em que houve restrição de área mínima de reforma, houve diferenças significativas nos custos. Para os cenários com 50%, 40% e 30% de área de reforma, houve um aumento de 15%, 11% e 8% no custo final, respectivamente. Os mapas gerados evidenciam, na matriz paisagística, a eficácia da aplicação das restrições espaciais. A aplicação da restrição de adjacên-cia clonal mostrou-se melhor que a URM colheita e seu custo ficou próximo do planejamento tradicional, apenas 0,14% superior, comprovando a viabilidade de sua aplicação no contexto de medida preventiva de proliferação de pragas e doenças, despontando como uma ferramenta potencial para redução de custos com manejo de pragas.
Palavras-chave:Planejamento espacial; URM; Matriz paisagística; Pragas florestais.
AbstractCurrently a new concept of forest planning has become popular, spatial forest planning. In it, the stand is seen as part of a whole and it is considered its size, shape and distribution in relation to the others. For this problem, we used constraints of traditional planning, spatial constraints of the URM (Unit Restriction Model) type and restrictions of clonal adjacency, a new application of URM in forestry. This study aimed to create a cost minimization model using clonal material adjacent spatial restriction. This was done with the intention of reducing the size of homogenous areas in eucalypt forests and thus hinder the proliferation of pests and diseases, as well as contribute to the decision making of the forest manager. Data processing was carried out with the principles of Integer Linear Programming and generated 11 scenarios differentiated by the nature of the restrictions, spatial and non-spatial, as well volumetric restrictions and limitation of area to be reformed. The a...