Suspensões de cirurgias ortopédicas por motivos extrínsecos em pacientes idosos

Abstract

Objetivo: Verificar taxa e motivos extrínsecos de suspensões de cirurgias ortopédicas eletivas em idosos e o percurso até sua realização, reconhecendosexo biológico, faixa etária, procedência e tipo de cirurgia. Método: Estudo retrospectivo, com delineamento descritivo, abordagem quantitativado tipo analítica, com correlação entre variáveis, realizado em um hospital de ensino no período de janeiro a junho do ano de 2018 com idososde 60 anos e acima, pacientes de cirurgias ortopédicas. Resultados: Das 543 cirurgias ortopédicas de idosos agendadas, 93 (17,41%) foram suspensas.O maior motivo para a suspensão foi extrapolação do tempo da cirurgia anterior (35,48%); a cirurgia foi cancelada uma vez e realizada entre um e doisdias após a suspensão (91,87%), com significância estatística (p=0,00). Conclusão: Constatou-se que a taxa de suspensão cirúrgica nos idosos ortopédicos,por motivos extrínsecos, foi de 17,41%. A suspensão cirúrgica ainda é um grande desafio aos profissionais e às instituições de saúde, demonstrandogrande envolvimento do enfermeiro em detectar e solucionar o atraso cirúrgico, de modo a diminuir sua incidência.

Risco de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico em pacientes adultos e idosos: estudo comparativo

“…A faixa etária predominante entre os idosos foi de "60 a 69 anos", com distribuição de 28 (68,3%). Dado semelhante foi encontrado em investigações conduzidas no Japão e no Brasil que verificaram semelhante percentual de idosos jovens em que houve maior demanda de intervenções cirúrgicas de especialidades distintas (Fukui et al, 2018;Bizo et al, 2021).…”

Fatores determinantes e consequentes da suspensão dos procedimentos cirúrgicos eletivos: Revisão integrativa

“…Research, Society and Development, v. 13, n. 5, e8513545812, 2024 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45812 10 A maioria dos estudos apresentou os transtornos ao paciente como a principal repercussão da suspensão das cirurgias, incluindo abalo psicológico em virtude do nível elevado de envolvimento emocional antes da cirurgia, o desencadeamento de sentimentos negativos do cliente e da família com o hospital, bem como com os profissionais envolvidos. Ademais, os pacientes referem desconhecimento da causa da suspensão da cirurgia que o levam a ficar um tempo maior em jejum, sem a certeza de quando será realizado o procedimento, colaborando para a inquietação e outros sentimentos como: estresse, desânimo, vontade de ir para casa, nervosismo e sensação de abandono (Costa et al, 2021;Carvalho et al, 2016;Abeldaño & Coca, 2016;Bizo et al, 2021, Garcia & Fonseca, 2013Araújo et al, 2019). Gonçalves et al, (2020), Garcia e Fonseca, (2013) e Pinheiro et al, (2017) apontam que quando a notícia sobre a suspensão da cirurgia ocorre no leito de internação ou já dentro do centro cirúrgico possuem uma maior implicação, uma vez que o cliente está em maior vulnerabilidade, afastado do seu lar, frequentemente sozinho e sob a rotina da instituição.…”

“…O aumento dos dias de internação expõe o paciente às consequências, principalmente o idoso, ao ficar internado e exposto a agentes infecciosos, também ficará suscetível a atrofia muscular, lesões por pressão, osteopenia, pneumonia, tromboembolismo pulmonar e embolização gordurosa (Bizo et al, 2021). Exemplo de destaque é a pesquisa de Castanheira et al, (2023), a qual analisou o impacto da suspensão das cirurgias eletivas em pacientes com escoliose idiopática do adolescente no período da pandemia de covid-19.…”

“…Segundo Machado et al, (2021) os custos provenientes de cirurgias em um hospital equivalem a 40% do total das despesas e, desta forma, a suspensão de cirurgias leva a prejuízos financeiros significativos, pois há demanda de horas extras e aumento das equipes, ampliação do risco de infecção pelo maior tempo de internação do paciente. Além disso, há desperdício de recursos humanos e instrumentais de materiais específicos (Sodré & Fahl, 2021;Gomes et al, 2018;Pereira et al, 2021), outras despesas para a instituição, como o aumento dos custos com a hospitalização, alimentação, medicações (Bizo et al, 2021).…”

“…Araújo et al (2019);Gomes et al (2018);Pereira et al (2021);Pinheiro et al, (2017);Bizo et al, (2021) citam esse fator, sendo que o último, o relaciona ao profissional enfermeiro, uma vez que é o responsável pela gestão da equipe e comunicação assertiva entre os profissionais e a informação prévia dos materiais e equipamentos necessários. de cancelamentos.…”