O estudo sobre os aspectos ambientais, energéticos e econômicos em processos agrícolas são importantes para o desenvolvimento de alternativas sustentáveis em sistemas de produção de alimentos. Neste trabalho foram avaliados os impactos ambientais a partir da avaliação de ciclo de vida (ACV), o uso de energia e os custos econômicos em sistemas de produção de frangos de corte na região sudeste do estado de Minas Gerais, Brasil. Foram analisados quatro cenários de sistemas intensivos de criação de frangos de corte, divididos em galpões com sistema de ventilação por pressão positiva e negativa, com e sem sistemas fotovoltaicos de geração distribuída de energia elétrica. Na ACV foi considerada a unidade funcional de 1 kg de frango vivo e a fronteira de estudo do tipo cradle-to-gate studies. Os resultados para a categoria de impacto ambiental de emissões de gases de efeito estufa variaram de 2,52 kg CO2-eq a 2,92 kg CO2-eq nos cenários analisados. O potencial de acidificação e de eutrofização também foram considerados na avaliação dos impactos ambientais. Os sistemas de produção de frangos de corte com sistemas fotovoltaicos podem reduzir entre 2,58 t CO2-eq e 4,96 t CO2-eq anualmente, além de apresentarem no estudo os melhores índices de eficiência energética. Em relação a análise econômica, todos os cenários avaliados mostraram-se viáveis economicamente no ponto de vista do produtor rural, entretanto os galpões com sistemas de ventilação por pressão positiva apresentaram os menores resultados no índice de relação custo-benefício. O subsistema de produção de ração foi a fase de ciclo de vida que mais contribuiu para o potencial de aquecimento global e em relação ao aspecto energético, representando cerca de 82% da demanda de entrada total de energia da produção de frangos de corte. Em todos os cenários avaliados os maiores custos de produção estão associados à casca de café (36,5%), matéria prima da cama de frango, e às manutenções das instalações (23,1%). Os resultados também mostraram que a adoção de sistemas fotovoltaicos nos sistemas de produção de frangos de corte pode reduzir os custos com energia elétrica de 19,4% a 26,5% ao ano. Em relação à confiabilidade dos dados do inventário de ciclo de vida, foram avaliadas as incertezas a partir da análise de Monte Carlo junto ao SimaPro®. Verificou-se que a adoção de sistemas fotovoltaicos na produção de frangos de corte em galpões com sistema de ventilação por pressão negativa reduzem os impactos ambientais, são mais eficientes energeticamente e colaboram para uma maior rentabilidade e manutenção da avicultura de corte na região estudada. Palavras-chave: Avaliação do ciclo de vida. Custos econômicos. Emissões de gases de efeito estufa. Energia. Geração distribuída.