A avicultura de postura vem inovando continuamente ao longo dos anos para atender as exigências do consumidor, cada vez mais exigente, visando também diminuir as perdas produtivas nos diferentes sistemas de produção. Fato esse notável diante da tendência de automação e inovação do sistema de postura, através da utilização de esteiras para a coleta dos ovos e fezes, arraçoamento automático, bem como o monitoramento em tempo real das condições ambientais no interior dos galpões em sistemas controlados. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência dos diferentes sistemas de criação sobre o bem-estar animal, produtividade das aves e qualidade do produto. O Brasil tem se destacado mundialmente pela utilização de cinco modelos de produção de ovos, dentre eles: Convencional em gaiolas, Cage-free (galpões livres de gaiolas), Free-range (galpões com piquetes externos), Caipira e Orgânico. As características de cada modelo, se dá através de questões relacionadas ao manejo voltado às questões de bem-estar animal, aliado a produção e comercialização no país de produtos diferenciados pelo atendimento da nutrição de precisão, menor densidade no alojamento, dentre outros. Verifica-se que no Brasil, a maior parte das aves poedeiras comerciais são criadas em sistemas intensivos de gaiolas e que não atendem às exigências de bem-estar animal, mesmo apresentando índices elevados de produtividade. A legislação brasileira, carente de métricas específicas e de fiscalização mais eficiente, auxilia os produtores indiretamente através de pouco comprometimento e engajamento com ações que garantam o bem-estar animal, paralelamente com a produtividade e o sucesso econômico do setor avícola. Faz-se necessário que ações preventivas de sanidade e assertivas de manejo, nutrição, alimentação e comercialização garantam aos consumidores alimentos cada vez mais saudáveis, criados num ambiente mais confortável.