Foram avaliadas as funções executivas, traços de psicopatia, idades da primeira relação sexual e trabalho de adolescentes em conflito com a lei. As hipóteses foram que haveria diferenças entre primários e reiterantes e o papel preditor destas variáveis para o ato. O objetivo geral foi avaliar essas funções, comparar intragrupo, identificar associações e predições para a infração. Foram avaliados 109 adolescentes institucionalizados por atos graves, sendo a média de idade de 16,5 anos. Instrumentos utilizados: Wisconsin de Classificação de Cartas, a Escala Hare Psychopathy Checklist-Revised e protocolo neuropsicológico. A análise de variância diferenciou os grupos em oito variáveis, sendo que nos reiterantes houve maiores traços de psicopatia e idade da primeira infração. A idade da primeira relação sexual não diferenciou os grupos, caracterizando-os como precoce exposição. E, as funções executivas explicaram 12,1% no desfecho infração. Houve associações com a história de vida em contexto de adversidades, indicando que as funções executivas em desenvolvimento podem não protegê-los de influências negativas adversas. Realidade que acentua o papel do desenvolvimento neurobiológico nas avaliações, acompanhamentos e intervenções em situação de institucionalização de privação de liberdade socioeducativa de adolescentes por atos com grave uso de violência.