Apesar de iniciativas médicas e políticas públicas desenvolvidas no Brasil desde a década de 1920, o câncer de mama continua sendo um dos tipos de câncer mais prevalentes e de maior letalidade entre as mulheres. Com vistas a enfrentar esse desafio, a adoção de mamógrafos inovadores é considerada essencial. No entanto, barreiras são encontradas para implementação desses equipamentos em sistemas públicos de saúde. Nesse contexto, este estudo objetiva investigar os fatores que impactam a adoção de mamógrafos inovadores no Sistema Único de Saúde (SUS). Foram analisados dados públicos de 448 regiões de saúde brasileiras. Os resultados mostram influência positiva do uso de mamógrafos simples, da taxa de médicos especialistas, técnicos em radiologia e mulheres acima de 40 anos na adoção desses equipamentos. Observa-se também uma distribuiçãodesigual de mamógrafos inovadores no País. Tais resultados contribuem para orientar ações no SUS, desenvolver políticas públicas mais efetivas e direcionar estudos futuros acerca do tema.