Introdução: Divertículos esofagianos são alterações esofágicas raras e podem ser classificados em proximais, médios ou distais, de acordo com a localização. Podem ser de pulsão ou tração e verdadeiro ou falso. Na dependência do tamanho do divertículo e da concomitância de doença associada, podem causar disfagia, regurgitação, mau hálito, rouquidão ou pneumopatias, podendo ter indicação de ressecção cirúrgica. O diagnóstico é suspeitado pela história clínica e confirmado pelo exame radiológico contrastado e pela endoscopia digestiva alta. Objetivo: Relatar o caso raro de uma paciente com divertículo de esôfago médio. Materiais e Métodos: Revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos e revisão da literatura. Resultados: Paciente feminina, 61 anos, encaminhada ao ambulatório do hospital de base de São José do Rio Preto, com queixa de disfagia progressiva para alimentos sólidos aproximadamente há cinco anos, associado à odinofagia, eructação intensa e perda ponderal nesse período de 10 quilos. A endoscopia digestiva alta, mostrou divertículo no terço médio do esôfago, 25 cm da arcada dentária superior, com óstio de 3-4 cm de diâmetro e 3 cm de profundidade. A tomografia computadorizada de tórax confirmou a presença do divertículo de esôfago em terço médio do esôfago, sem outros achados que justificassem sua presença. A paciente foi submetida à videotoracoscopia com ressecção do divertículo sem intercorrências. Atualmente, a paciente apresenta-se assintomática no acompanhamento clínico. Conclusão: Embora seja considerada uma alteração esofágica rara, os divertículos esofagianos, devem sempre ser considerados como diagnóstico diferencial. Especialmente em casos de disfagia, halitose e enfermidades respiratórias por broncoaspiração. Em casos de pacientes sintomáticos e com dificuldade no tratamento clinico, a melhor opção terapêutica é a cirurgia com a excisão local do divertículo via toracotomia ou toracoscopia.