RESUMO Objetivo: analisar a inserção e a percepção de autonomia com o uso das práticas integrativas e complementares no cotidiano de trabalho de enfermeiras(os). Método: pesquisa explanatória sequencial mista, oriunda de um projeto multicêntrico nacional. A etapa transversal ocorreu de junho a outubro de 2021, com 386 enfermeiras(os), via questionário virtual. Já a etapa qualitativa ocorreu de novembro a dezembro de 2021, mediante 18 entrevistas semiestruturadas com profissionais que possuem formação nas práticas, fundamentada na análise participativa. A integração se deu por conexão. Resultados: dentre as 142 enfermeiras(os) com formação em práticas integrativas, 76 as utilizam em suas rotinas de trabalho. 69 utilizam-nas na atenção primária à saúde, e tiveram maior percepção de autonomia (p <0,001). As práticas estão inseridas nesse cotidiano transversalmente na consulta de enfermagem, com atendimentos individuais, que mostraram percepção de maior autonomia quando comparados aos atendimentos coletivos (X² = 4,06; p<0,004). Voltados ao movimento e esforço individual, os depoimentos evidenciam a insatisfação com a forma de inserção das práticas no cotidiano de trabalho. Ainda assim, 125 enfermeiras(os) possuem a percepção de maior autonomia ao utilizar as práticas, referindo que, aliadas aos conhecimentos da enfermagem, proporcionam resolutividade e uma percepção distinta sobre o fazer saúde. Conclusão: as práticas estão inseridas no cotidiano de trabalho de forma mais expressiva na atenção primária. Elas(es) percebem maior autonomia ao incorporá-las nas consultas de enfermagem, promovendo resolutividade. Regulamentações para o exercício profissional e protocolos clínicos assistenciais poderiam apoiar as práticas.