Tamanho de sementes e fertilizante de liberação controlada na produção de mudas de Schizolobium parahyba [(Vell.) S.F. Blake)]

Abstract

Este trabalho testou a influência do tamanho da semente e de doses de fertilizante de liberação controlada na emergência e no crescimento de mudas de Schizolobium parahyba. As sementes foram previamente classificadas em três intervalos de classes com base no comprimento da semente: pequenas, médias e grandes. A semeadura ocorreu em tubetes de 120 cm3 preenchidos com substrato comercial e fertilizados com 3, 5 e 8 g.L-1 de fertilizante de liberação controlada. Aos sete e 21 dias da semeadura, determinaram-se a porcentagem de emergência e o vigor das mudas, respectivamente. O tempo de crescimento das mudas foi de 18 semanas após a semeadura. Ao final, foram mensurados os parâmetros de qualidade das mudas. Sementes pequenas tiveram menor velocidade e porcentagem de emergência, enquanto sementes classificadas como médias e grandes não diferiram significativamente entre si. Caso haja classificação de sementes de S. parahyba, a dose de fertilizante deverá ser planejada de acordo com o tamanho da semente, do contrário uma dose de 5 g.L-1 promoverá uma uniformidade no tamanho, com o ônus de perda de potencial de crescimento e de qualidade de mudas oriundas de sementes de maiores dimensões.

EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE GUAPURUVU (Schizolobium parahyba (Vell.) Blake) A PARTIR DE DIFERENTES RECIPIENTES E TAMANHOS DE SEMENTES

“…O teor de água das sementes de S. parahyba coletadas no chão em Jataí -GO foi de 4,14% (base úmida), valor inferior ao indicado por Medeiros et al (2006) para espécies ortodoxas, que podem ser desidratadas a valores muito baixos de água, que variam de 5 a 7% (base úmida). Em estudo desenvolvido por Dranski et al (2019), o teor de água de sementes de S. parahyba coletadas em Medianeira -PR foi superior (8,7%) ao encontrado neste estudo, mas com valor próximo ao indicado por Figliolia (1988) como sendo o ideal para armazenamento de sementes ortodoxas (8%).…”

“…Para a espécie congerérica Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá), já existem plantios no Brasil endereçados à produção de painéis compensados e laminados (Dranski et al, 2019). Devido à sua maior utilização e interesse do mercado, a maioria de trabalhos científicos realizados com o gênero Schizolobium está voltada à variedade paricá.…”

“…Além do tamanho dos recipientes, características da própria semente, ou seja, do próprio material genético, influenciam na emergência e qualidade das mudas. Como apuraram Dranski et al (2019), a quantidade de reservas nutricionais nas sementes está diretamente ligada com o desenvolvimento das mudas e o tamanho das sementes. Sendo assim, sementes maiores tendem a se tornarem plântulas maiores, da mesma forma, as sementes menores tendem a tornarem-se mudas menores e de qualidade inferior.…”