A obesidade é uma doença com crescimento epidemiológico alarmante que, além de causar distúrbios da imagem, provoca comprometimentos severos à saúde, desencadeando diversas comorbidades que afetam a morbimortalidade do indivíduo. No tratamento da obesidade, a cirurgia bariátrica tem sido um método muito utilizado no mundo, compondo o recurso mais indicativo quando as terapias convencionais se tornam ineficazes. Entre os tipos de cirurgia, a gastroplastia redutora com derivação em Y Roux tem descrito os melhores resultados. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a incidência e os fatores relacionados ao reganho de peso em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica. Tratou-se de um estudo descritivo realizado em mulheres com tempo de pós-operatório superior a 30 meses, submetidas a um questionário semiestruturado com questões, sobretudo sobre o peso pré-operatório, menor peso atingido no pós-operatório e peso atual, estatura, realização e frequência de acompanhamento profissional no pós-operatório, e perguntas inerentes aos hábitos alimentares e à prática de atividade física. Foram avaliadas 50 mulheres com média de idade de 38, 42 (±11,08) anos e tempo médio de pós-operatório de 69,9 (±32,74) meses, com média de IMC pré-operatório de 41,45 kg/m2 e pós-operatório de 25,12 kg/m2, apresentando uma redução de 16,32 kg/m2. Os resultados comprovaram um reganho médio de peso de 8,96 (± 7,16) kg, sendo mais evidente em indivíduos com maior tempo de pós-operatório, falta de acompanhamento profissional especializado, sedentarismo e alimentação inadequada. Embora tenha sido evidenciado reganho de peso, o cálculo do IMC revelou valores considerados esperados e normais no pós-operatório em longo prazo.Palavras-chave: Gastroplastia. Reganho de peso. Obesidade.