Abstract:The Atlantic Forest of Brazil is one of the most biologically diverse regions in the world, but also one of the most highly threatened, with only around six percent of its original cover remaining. Despite the increase in the number of studies on the ecology of Brazilian snakes during the last two decades, there are still very few works on snake assemblages in the Northeast region and almost nothing about snakes inhabiting urbanized areas in Atlantic Forest domain. Herein we describe the snake assemblage from the urban area of Rio Tinto city in Paraíba State, Northeast Brazil. We present data on composition, distribution and some natural history. Also, we compare the snake diversity of the urban area with the diversity in two nearby natural patches. We recorded 161 individuals of 25 species in 16 genera from the urban area of Rio Tinto and the most common species were Helicops angulatus, Bothrops leucurus, Epicrates assisi, and Philodryas patagoniensis. Most snake species were non-venomous, but some venomous snakes were abundant in the urban area and people must be cautious when dealing with these. Rarefaction curves did not reach stability and new species should be added to the Rio Tinto snake list in future studies. Resumo: A Mata Atlântica é uma das ecorregiões mundiais que apresenta maior diversidade, entretanto é também uma das mais ameaçadas com apenas seis por cento de sua cobertura vegetal original preservada. Apesar do aumento no número de trabalhos sobre ecologia de serpentes brasileiras durante as últimas duas décadas, ainda são poucos os estudos sobre as taxocenoses de serpentes da região Nordeste do Brasil e praticamente nada está publicado sobre serpentes encontradas em áreas urbanas na Mata Atlântica nordestina. Este trabalho apresenta uma descrição da taxocenose de serpentes da área urbana de Rio Tinto, cidade localizada no litoral norte da Paraíba. O trabalho focou a composição, distribuição e alguns aspectos da história natural das espécies de serpentes. Além disso, a diversidade de serpentes encontrada na área urbana foi comparada à de outras taxocenoses de serpentes presentes em unidades de conservação nas proximidades de Rio Tinto. Foram registradas 161 serpentes de 25 espécies e 16 gêneros para a área urbana de Rio Tinto, sendo as espécies mais comuns Helicops angulatus, Bothrops leucurus, Epicrates assisi e Philodryas patagoniensis. A maioria das espécies não são venenosas, entretanto, algumas serpentes venenosas apresentaram grande abundância e a população local deve ser cuidadosa ao lidar com estas serpentes. As curvas de rarefação não atingiram a assíntota e novas espécies devem ser registradas para Rio Tinto em estudos futuros. Palavras-chave: serpentes, Paraíba, herpetologia urbana, áreas antrópicas.