“…Uma inventariação sumária das investigações sobre o pensamento e/ou as práticas dos professores de História permite constatar que, na sua maioria, esses estudos pretendem conhecer as concepções dos professores sobre as finalidades do ensino da História, sobre o seu conhecimento, interpretação e valorização da História e a influência destas concepções no ensino e no planeamento das aulas, preocupando-se, pois, com as relações entre a epistemologia e o ensino da História, se bem que nem sempre sejam explícitos; por outro lado, basicamente, estes estudos partem de uma de duas perspectivas: ou analisam as concepções dos professores independentemente da sua relação com as respectivas práticas educativas, ou partem dessas mesmas práticas para tentar chegar a perceber que concepções estão subjacentes a essas práticas(Pagès, 1997).109 A condução destas investigações obedece, normalmente, a uma metodologia que utiliza o estudo de caso, com a realização de entrevistas, observação de aulas e análise de materiais produzidos e utilizados nas aulas. Em alguns casos, é também referido o recurso à definição de amostras mais amplas e de metodologias de carácter quantitativo (por exemplo,Guimerà, 1991).110 Os estudos realizados porEvans (1988Evans ( , 1989bEvans ( , 1990Evans ( e 1994, de carácter quantitativo, numa primeira fase, e posteriormente seguidos de estudos de caso, centraram-se fundamentalmente sobre as concepções de História predominantes dos professores e sobre as relações entre as concepções de História dos professores e a sua ideologia, o currículo e as opiniões dos estudantes. O ponto de partida destas investigações foi a ideia…”