2017
DOI: 10.1590/s0102-69922017.3202008
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Teatro do Oprimido e projeto emancipatório: mutações, fragilidades e combates

Abstract: Resumo: Este artigo explora a hipótese de que a multiplicação acelerada do Teatro do Oprimido (TO), criado por Augusto Boal no início dos anos 1970, tem sofrido apropriações que põem em causa o seu projeto emancipatório. Baseia-se numa investigação participativa iniciada há quatro anos, no contexto das ações e mobilizações coletivas -manifestações, greves, protestos -contra as políticas de austeridade impostas pelo governo português e mandatadas pelas instâncias europeias, em resposta à crise económica e finan… Show more

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“…3) Instrumentalização: a apropriação do TO como instrumento para debater temas específicos de um dado "projeto" preestabelecido, ou seja, "em vez de perguntas, [os curingas] levam respostas e esperam determinados resultados" (Barbosa;Ferreira, 2017); 4) Individualização: a redução da perspectiva emancipatória do TO à esfera do progresso individual; 5) Fetichização: a exaltação do TO como um fim em si mesmo.…”
Section: Possibilidades E Impassesunclassified
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“…3) Instrumentalização: a apropriação do TO como instrumento para debater temas específicos de um dado "projeto" preestabelecido, ou seja, "em vez de perguntas, [os curingas] levam respostas e esperam determinados resultados" (Barbosa;Ferreira, 2017); 4) Individualização: a redução da perspectiva emancipatória do TO à esfera do progresso individual; 5) Fetichização: a exaltação do TO como um fim em si mesmo.…”
Section: Possibilidades E Impassesunclassified
“…Central College (Estados Unidos), onde ensina teatro e estudos de género, ex-presidente do Pedagogy and Theatre of the Oppressed (PTO); e Muriel Naessens, curinga há mais de trinta anos, fundadora do Féminisme Enjeux (Paris), associação e grupo de TO feminista; [...] Cecília Boal, atriz e psicanalista, presidente do Instituto Augusto Boal; Olivier Neveux, professor em Lyon, investigador em teatro político e crítico teatral; e Rafael Villas Bôas, ativista político na Brigada de teatro do Movimento dos Sem-Terra (MST) e professor na Universidade de Brasília" (Barbosa;Ferreira, 2017).…”
Section: Possibilidades E Impassesunclassified
“…Considerado um instrumento de resistência (Barbosa & Ferreira, 2017;Nascimento & Oliveira, 2017;, o TO consolidou-se como…”
Section: Rbecunclassified
“…Há que se ressaltar que a criação de novos movimentos contrapõe o previsto pela lógica normativa e impulsiona a 'desmecanização'. Os jogos e os exercícios foram utilizados nas oficinas relatadas como um recurso para problematizar e promover possíveis rupturas, provocar novas possibilidades (Boal, 2015), desenvolvendo um olhar crítico, e incentivar a autonomia no processo de atuação dos sujeitos como agentes transformadores (Barbosa & Ferreira, 2017). Outro aspecto importante sobre as contribuições do TO em nossa prática é o incentivo aos valores referentes à relação com o outro, como, por exemplo, a integração do grupo, a solidariedade, as…”
Section: Rbecunclassified
“…Nesta ação, os profissionais e usuários do Centro de Atenção Psicossocial para adolescentes (CAPSadolecernomenclatura local), convidados a participar, planejaram ações Research, Society and Development, v. 9, n. 12, e33591211153, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11153 de modo integrado com os acadêmicos, e realizaram uma problematização do modelo manicomial, por meio da dramatização do Teatro Oprimido (TO). O TO é uma metodologia teatral, criada por Augusto Boal, de intervenção educativa e social, que procurava desconstruir, desmistificar e denunciar situações de opressão ou de "pré-conceitos", por meio da participação popular, em qualquer lugar e partindo-se de qualquer tema (Barbosa & Ferreira, 2016). CVV disponibilizou escuta e apoio emocional às pessoas que desejavam expressar e compartilhar seus sofrimentos.…”
Section: Dentre As Atividades Aplicadas Na Realidade O Grupo Vem Desunclassified