O desequilíbrio entre a demanda crescente por água nas diversas atividades humanas e a escassez pronunciada perfazem o panorama de uma crise hídrica nacional. Ações como a captação e o aproveitamento das águas pluviais mostram-se como uma alternativa para a escassez. Todavia, o dimensionamento do reservatório que compõe um Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais (SAAP), compreende uma etapa complexa, visto a existência de diversos métodos que resultam em volumes diferenciados entre si, consoante a NBR 15527 (ABNT, 2007), a saber: método de Rippl, método da simulação, método Azevedo Neto, método prático alemão, prático inglês e prático australiano. Desse modo, este trabalho objetiva comparar, para uma residência unifamiliar hipotética, os volumes calculados pelos métodos dispostos na referida norma e, também, pelo método apresentado por Dornelles (2012), para três capitais brasileiras: Belo Horizonte, Goiânia e Porto Alegre. De um modo geral, quanto aos métodos práticos e de Rippl, observa-se a discrepância entre os valores observados para os volumes calculados de reservatórios, variando de 4,89 m³ a 39,00 m³, para Belo Horizonte, por exemplo. O que, de fato, pode confundir a tomada de decisão pelo projetista, ressaltando, ainda, a limitação de tais métodos quanto ao desempenho do SAAP em seu tempo de uso. O método da simulação forneceu, para 15,00 m³, a eficiência de 80,87%, 80,81% e 98,37% para Belo Horizonte, Goiânia e Porto Alegre, respectivamente. Já utilizando o método proposto por Dornelles, em Belo Horizonte, o mesmo volume experimentará a eficiência de 87,80%; para Goiânia a eficiência de 87,00% e; da mesma forma para Porto Alegre, 99,70%. Comparando os dois últimos métodos, nota-se que não há grande diferença, podendo ser utilizados com segurança. Desse modo, os métodos da simulação e de Dornelles (2012) propiciaram valores mais seguros fornecendo os dados para análise dos índices de desempenho do SAAP no transcorrer dos anos.