O presente estudo aborda o tratamento da Incontinência Urinária de Esforço feminina visando avaliar taxas de complicações relacionadas à cirurgia de Sling Transobturatório no Serviço de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Complexo Hospitalar do Trabalhador. Foram analisados prontuários de 150 pacientes submetidas à cirurgia de Sling até 2022. Listou-se dados demográficos da população e complicações durante período intra-operatório, internamento, entre internamento e 1º retorno, em 1º e em 2º retornos ambulatoriais. As variáveis analisadas foram: idade, comorbidades, paridade, presença de incontinência urinária mista associada, realização de outro procedimento cirúrgico simultâneo e de fisioterapia pélvica prévia. A média de idade das pacientes foi 54,4 anos. As principais complicações encontradas nas etapas analisadas foram respectivamente: hemorragia (5%), retenção urinária (3%), sangramento (6,4%), vulvovaginite (26%) e manutenção da incontinência aos esforços (26%). A incidência de complicações durante o internamento no grupo com mais de 60 anos foi maior quando comparada às pacientes de até 59 anos (p= 0,024). Nesta mesma etapa, a taxa de complicações em pacientes que realizaram fisioterapia pélvica prévia foi menor em comparação às que não realizaram (p= 0,006). Em 75% das pacientes foi observada ao menos uma complicação em alguma das etapas analisadas. Em conclusão, hemorragia intraoperatória, vulvovaginites, sangramento e retenção urinária estão entre as complicações mais frequentes na população estudada. Os resultados sugerem que a idade avançada e menor taxa de realização de fisioterapia pélvica estão associadas à maior incidência de complicaçaões durante o internamento. Mais estudos são necessários para corroborar com os resultados apresentados.