“…Face à heterogeneidade dos alunos, o currículo deve ser aberto, dinâmico, modificável e evolutivo (Sá-Chaves, 2007), não podendo continuar a ser o currículo uniforme e pronto a vestir, de tamanho único ou estandardizado, emanado pelos serviços centrais (Formosinho & Machado, 2008) ou gerido de modo prescrito e burocrático (Cosme, 2018), pois as respostas uníssonas não servem às escolas (Morgado & Silva, 2018). Por conseguinte, o currículo não se traduz num conjunto de orientações rígidas e prescritivas, devendo a sua concretização traduzir-se num processo flexível, que subjaz a interpretação pessoal, os recursos disponíveis e as tomadas de decisão de cada contexto (Pereira & Brazão, 2013). Assim, a flexibilidade curricular permite repensar a reorganização do currículo, articulando as disciplinas e originando áreas e contextos de construção do conhecimento (Lagarto & Alaíz, 2019), bem como criar aprendizagens significativas e empoderadoras, tendo como base a relação entre os alunos e o património cultural da ação pedagógica (Cosme, 2018).…”