Tecnologia social: contribuições à política nacional de resíduos sólidos

Abstract

O presente artigo abordou a temática Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e Tecnologia Social (TS). Como objetivo propôs analisar os papéis do Estado, das Cooperativas e da TS na perspectiva da construção de instrumentos viáveis à PNRS. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica e análise documental de 50 experiências de TS cadastradas no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil. Como categorias analíticas consideraram-se: problemas identificados, soluções desenvolvidas, investimentos, organizações desenvolvedoras e alcance regional. Os resultados indicaram a TS como um instrumento adequado a contribuir à implementação da PNRS. As soluções representaram: melhoria na renda de catadores; organização de cooperativas; destinação adequada de resíduos a baixo custo e adequação de municípios à legislação. Dos desenvolvedores de TS, a maioria são organizações privadas. E em números de implantação das experiências, destaque para as regiões Sudeste e Nordeste.

Tecnologias sociais e resíduos sólidos: catalogação de experiências em cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis e um retrato da Amazônia brasileira

“…Corroborado a isso, de acordo com Cavalheiro et al (2019), a TS tem como princípio a construção por meio dos diferentes saberes, portanto, a participação e o protagonismo social são de grande relevância. No que se refere as políticas públicas, é necessária a articulação com o Estado para a troca de informações, interesses e demandas.…”

“…A TS, entretanto, de acordo com Costa (2013): "não é o artefato que gera a inclusão, mas a forma como é construído, com o envolvimento da comunidade". Assim, mais especificamente para a região amazônica, observa-se que além da reaplicação das técnicas, é preciso ocorrer a reflexão sobre a construção para reaplicação contextualizada e não somente padronizada, além do despertar da população quanto ao seu papel e direitos (Cavalheiro et al, 2019).…”

“…Assim, pode a exemplo de TS aplicadas em outros municípios, consentir incentivos fiscais e financeiros para reutilização e/ou tratamento de RSU. Além disso, o Estado pode apoiar diretamente projetos em conjunto as cooperativas, que por sua vez, necessitam corrigir posturas individualizadas e falta de organização social, fatores que ressaltam ainda mais as condições precárias de trabalho na região(Brasil, 2010;Cavalheiro et al, 2019). busca por melhores condições de trabalho e renda, os trabalhadores envolvidos com o setor de coleta de materiais recicláveis necessitam se organizar.…”