As tecnologias sociais podem ser definidas como produtos, técnicas ou metodologias que são necessariamente de baixo custo que tem por objetivo apresentar soluções de transformação social e empoderamento para uma determinada comunidade, se destacam também por apresentar características voltadas para atender populações que possuem baixa renda. A Organização das Nações Unidas considera que o acesso à água potável é um direito de todos. No Brasil, o saneamento básico também é considerado um direito da população, no entanto, o abastecimento de água é precário, especialmente na Região Norte, situação que reflete diretamente na saúde pública, especialmente dos ribeirinhos que muitas vezes são privados de uma infraestrutura mínima para o saneamento. O objetivo desse artigo foi fazer um levantamento de tecnologias sociais voltadas para o saneamento em comunidades ribeirinhas amazônicas. A coleta de dados foi realizada em fevereiro de 2020, em bases de dados nacional e internacional, em sites do Governo Federal, de banco público e de empresa pública. Os resultados indicaram que as principais tecnologias sociais voltadas para o saneamento em comunidades ribeirinhas amazônicas são o sistema de captação de água da chuva utilizado na Ilha das Onças, em Barcarena, no Pará, a SODIS implementada nos Municípios de Borba, Nova Olinda e Itacoatiara, no Amazonas, e a SALTA-z usada nos Municípios de Abaetetuba, no Pará, e Tartarugalzinho, no Amapá, todas voltadas para o abastecimento de água. As tecnologias sociais oferecem acesso à água potável a baixo custo, de forma simples e exequível. Além disso, são ferramentas de empoderamento e transformação social, sendo imprescindível a participação da comunidade para seu sucesso.